Há alguns meses iniciamos uma jornada desafiadora dentro do mundo teatral. Não apenas desafios, mas também muito trabalho aguardava os primeiros passos de um grupo de teatro independente, o Teatro Por Que Não?. Trabalho. Esta palavra permeou constantemente nossos diálogos e ações em busca de êxitos e independência. Como acadêmicos e eternos aprendizes da arte, os caminhos inicialmente percorridos são desconhecidos e, por muitas vezes, árduos.
Logo cedo outras perguntas que não a tradicional “teatro, por que não?” começaram a povoar as rodas de discussões e planejamentos de um grupo com sede de trabalho. Como? Onde? Quanto? Quem? Perguntávamo-nos. Além das perguntas, precisávamos, e continuaremos precisando de ações. A viabilização de espaços, estruturas, tempo, dinheiro, público, projetos e toda produção necessária para levantar a solidez de um grupo parecia tão importante quanto nossos espetáculos. E é! Da sala de ensaios para a sala de reuniões dividem-se as tarefas e empreitadas, onde as decisões definem o futuro próximo, bem como o distante. A gestão cabe ao grupo, a oito pessoas que aprendem no percurso.
Para aqueles que questionam se artistas são capazes de gerir e produzir teatro, respondemos: estamos aprendendo. Gráficos, estimativas, divulgações, contabilidade, designs, projetos, arquivologia, tecnologias em informática também fazem parte do rol de atividades da nossa arte. E ainda sobra espaço para a amizade que costura a nossa produção artística. Uma parceria que ambiciona crescimento, uma parceria feita por pessoas, por gente, por nós.
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Texto: André Galarça
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