Inventa. Planeja, tenta prever. Corre atrás. Conversa, tenta, anda, conversa mais. Acerta. Planeja mais, inventa nome, justifica o nome. Atrás do espaço, atrás de patrocínios e atrás de parcerias: corre mais um pouco. Executa. Cria o material de divulgação, avalia, faz, refaz, corrige, orça, imprime, busca, traz, leva, vai e vem.
O Abajur Lilás no 1º MOSAICO, por Eduardo Ramos
Acerta, erra. Tenta acertar. Planeja divulgação, divulga. Corre atrás. Manda pra jornal, posta no blog, cola cartaz, distribui filipeta. E ensaia. Vai começar, é sexta-feira. Explica, fala, vende ingresso. Atrás de público: corre sempre. Será que vem? Será que não? Torce, vibra, faz figas. Leva cenário, contata transporte, revisa, monta. Pendura um refletor ali, depois daquela vara. Pindura os cartazes, coloca as fotos na moldura, executa a exposição, e coloca luz. Pendura roupas, contata músicos, faz projeção. E ensaia.
Gabriela, Cravo e Canela no 1º MOSAICO, por João Neves
Vamos chegar as 15h. Maquia, faz cabelo, e divulga, e vai colocar as placas, e vai comprar comida, e vai buscar os ingressos, pegou os folders? Trouxe o martelo? Viu onde tá o lápis preto? Pendurou as redes? Postou? Tá pronta a luz? Encheu o balde? Acende um incenso pra mim, faz favor? Descarregou as fotos? E a filmagem, tudo ok?
O Afogado Mais Bonito do Mundo no 1º MOSAICO, por Luiza de Rossi
Aquece. Alonga. Canta. Pula. Deita. Rola. Olha. Olha novamente. Reconhece espaço, colegas de cena, público, músicos. Respira fundo, relaxa. Mas não demais. Abre as portas. Pode começar? Vai atrasar 10 porque tem gente chegando. Agora, vamos? Sim? Foi? Merda? Merda! Merda...
Aquele que diz no 1º MOSAICO, por Fabrício Leão
E comunica. E troca. E aproveita, diverte-se, olha nos olhos, respira junto, e fundo. Ama o que faz, não dá pra não amar. Cria, recria, transforma, comunga com os que ali estão. Trabalha, e gosta. E faz, de verdade. E solta-se, e pinta, e invade. E vale, vale muito. E finaliza, e agradece, e debate. Dá pra não se sentir satisfeito? Dá pra não gostar da profissão? Dá pra não querer parar nunca mais?
Não, não dá. Das peripécias do teatro independente.
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Durante o desenrolar dessa semana, acompanhe-nos e saiba mais sobre a próxima peripécia, e também a última dessa colagem de peças: Fim de Partida.
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Texto: Juliet Castaldello
Parece que as dificuldades é que dão o sabor especial pra nossa arte. Qual seria a graça se conseguissemos tudo sem batalhar? Qualquer peça, seja ela comédia, drama, performance, não teria o mesmo valor se não fosse suada.
ResponderExcluirBela reflexão!!! Adorei, além de ser realista é divertida, vou repassar este link aos meus colegas de grupo. Sou de Montnegro, nesta semana esteve por aqui "Fando e Lis" de Santa Maria e fiquei sabendo junto ao Sesc que o TPQN virá tb no 2º semestre. Tomará que sim!
ResponderExcluirUm grande abraço!
Diego Ferreira - Grupo Válvula de Escape
www.escapeteatro.blogspot.com
Muito suada, Nanda... e isso que é maravilhoso!
ResponderExcluirE Diego...
Se não for nesse circuito, acredito que em breve teremos a oportunidade de promover um encontro entre o TPQÑ? e o Válvula de Escape.
Viva ao compartilhamento de horizontes e experiências teatrais!
Abraço forte e Merda!