Palco Italiano (pal.co. i.ta.li.a.no.)
Entrada do público para o espetáculo Amanha foi Outro Dia - aqui no Espaço Cultural Victorio Faccin, o palco é bem italiano: cena pra lá e público para cá. |
Tipo de palco característico dos teatros europeus a partir do séc. XVII. Trata-se de um palco retangular, aberto para a plateia e delimitado pela boca de cena (onde normalmente fica a cortina). A relação entre atores e espectadores é sempre frontal. Popularmente chamado de Palco Italiano é, ainda, o mais comumente encontrado nos teatros existentes atualmente, e apesar das limitações, oferece condições de visibilidade, acústica e ilusionismo o mais próximo possível da perfeição.
Além do palco italiano, existem outras configurações de palco:
- Giratório: Parecido com o italiano, ele possui mecanismos para girar o assoalho, facilitando a mudança de cenário. Um exemplo é o programa de televisão Vai que cola, do canal Multishow.
- Galpão: Ao invés da plateia ficar frontalmente, ela ocupa as laterais do palco, transformando o mesmo em um grande corredor. A relação atores/plateia não fica só de frente, oferecendo uma maior amplitude da cena. Um exemplo é a sede do grupo Teatro Oficina, de Zé Celso Martinez, em São Paulo.
- Arena: A cena fica totalmente no centro e a plateia fica em volta, formando um círculo (pode ser um quadrado, um octógono... é bem livre). É uma confirguração característica dos espetáculos de rua, e oferece uma visão 360° da cena.
- Semi-arena: Similiar à arena, com uma delimitação ao fundo da cena. Ali não há acesso ao público, é mais usado para desenvolvimento do espetáculo - troca de figurinos, descanso de atores. Um exemplo é o nosso espetáculo Amores aos Montes, onde delimitamos o fundo de cena com o nosso carrinho.
- Black Box: É um espaço plural. Com a plateia feita basicamente por módulos, a configuração black box (caixa preta), permite montar o palco em diversas formas, incluse as que eu comentei antes. Aqui em Santa Maria temos um teatro assim - é o Teatro Caixa Preta, do Centro de Artes e Letras da Universidade Federal de Santa Maria (e temos um enorme carinho, pois todos nós trabalhamos como monitores de lá, na nossa época de universitários).
Fonte: Dicionário de Teatro, de Luiz Paulo Vasconcelos
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